sexta-feira, 27 de junho de 2014

Poderão os burros ir à escola?

Não sendo habitual nem do meu agrado entrar em questões "meramente" partidárias neste espaço, face à notícia de hoje no site da Rádio Renascença, não posso deixar de o fazer. Sob o título,

a Renascença dá conta do desagrado da população da Freguesia de Curalha, no Concelho de Chaves e em destaque surgem os protestos do Presidente da Junta de Freguesia local que refere que

a aldeia vai ficar mais pobre, vai perder alma, tal como o resto das freguesias do Interior que estão a ser esvaziadas de pessoas porque não há emprego

O mesmo senhor, Presidente da Junta de Freguesia acrescenta

“Não se encerra pela teoria - que dizem que é pedagógica - e para o melhoramento das condições escolares das crianças, mas sim por um apetite de encerrar e mais nada”

Não é o pai natal nem um alienígena quem está a querer encerrar a escola de Curalha, a par com mais de três centenas por todo o país. Quem está a qurer encerrar escolas , pelas razões apontadas pelo Sr. Presidente da Junta, é o Governo, liderado pelo partido pelo qual este mesmo senhor foi eleito.

O problema em Curalha, como em muitas freguesias deste país é mesmo este: acredita-se que a teoria é pedagógica, mas a prática depois… é outra coisa. Porque a teoria deste senhor, eleito pela população era uma antes das eleições e outra agora que lá está, ou não fossem estes os resultados das últimas eleições, legislativas e autárquicas em Curalha.




Resta dizer que a teoria nem é pedagógica nem deixa de o ser, pedagógica pode ser a prática dos partidos políticos e das pessoas por eles eleitas, que fazem uma clara opção entre a demagogia populista seguida de uma gestão destrutiva e uma posição coerente e firme em defesa das populações, havendo ou não eleições nesse momento.

Pergunto-me se a Curalha, com ou sem escola tem, não apenas um, mas vários burros.


Façam-nos um favor e tenham vergonha na cara, e já agora, lembrem-se que nunca é tarde para aprender.

1 comentário:

  1. A Curalha que nas últimas Europeias deu 7,78% a Marinha Pinto, que voltou a votar PSD/CDS (44,09%), e que entregou ao PS 26,77% dos votos.

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