quinta-feira, 24 de abril de 2014

A educação hoje e ontem, e os argumentos em torno da qualidade do ensino

Tenho assistido a alguns debates e argumentações acerca das coisas da educação. 
Na análise à diferença entre o "estado" do ensino hoje e do ensino ontem, rapidamente a questão da expansão do ensino que ocorreu após o 25 de Abril, quer no número de alunos abrangidos, quer na duração da escolaridade obrigatória e efectiva, vem a questão da crise dos valores e a deterioração da qualidade do ensino. 
Existe no entanto um argumento que nunca vi ser posto em cima da mesa: temos hoje uma geração cidadãos, adultos, que pela primeira vez de forma generalizada, com maior ou menor razão, com maior ou menor profundidade, é capaz de criticar, de forma efectiva, a escola.
Na sua generalidade, e com excepção de algumas elites e de um ou outro cidadão mais esclarecido, as gerações anterior limitavam-se a aceitar passivamente a autoridade da escola, do professor, sem as questionar.
Este novo questionamento do papel da escola e da forma como o ensino é feito, bem como dos seus resultados, pode não ser um mérito exclusivamente atribuível à escola pós 25 de Abril, mas sem a evolução que a escola sofreu desde essa data, essa crítica continuaria certamente a ser nula.

1 comentário: